Jogue-me tua chuva
Eu por ser feito de azuleijos
Gosto ainda de me sentir escorrer
Seus pingos.
Muitos deles atravessam a cerâmica
Que rachada e com cantinhos de barro se fez
E a terra então por sua vez
Fica molhada
Só há flores se houver chuvas
Só há terra para em si chover
É no concreto que se faz enchentes!
É-se sorteado quando buracos escoam
A água que no fim é, senão apenas, de beber
Faz-se do fogo teu irmão
Sinta a chuva como esperança
E se em nuvens insiste fechar-se
Glória terá se em teu mesmo houver
Um pequeno céu
Se a ti me faço um girassol de cor
Tua chuva então será simples
Há de me continuar amarelo
E se por ti me encharcar
Deixe-me ao amanhã
Quando tua água já tiver sido minha
Eu haverei de florescer!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
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É Zé....
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindas demais estes versos. Trazem paz à alma =)
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