domingo, 11 de abril de 2010

Arefeito

Digamos que fomos feitos para respirar
Se respiro, ainda estou vivo
Se ainda cheiro o ar, ainda estou vivo
Já vi muitos defuntos respirando!
Acredito que tal respiração esteja mais para suspiro
Suspiro doce é bom para os que sentem gosto
Essa caixa de vai e vem de ar
Ah! Muitas velas haverão de ser apagadas
E o coração regula a intensidade do vento
Pulsa até o fim, vai para acabar
Então sou eu quem pensa?
Sou eu quem respira!
A brisa me respira.
Me respirou a ponto de me tirar o fôlego
Sonho sobre asas de fôlego nesse tempo de ar pesado
Não se respira no fundo do mar
Vê-se, apenas, a dança ancestral dos peixes
Quem é aquele que de longe vem me respirar?
Que espirra nas minhas escamas um fluído infantil?
A criança prende o ar enquanto o adulto pensa
Mansa calmaria se ambos respirassem juntos
Enquanto isso o serpentear da biruta
O estufar da vela
A leveza da borboleta
Brincam neste ar que respiro
Aí eu respiro...
Respiro...

Dual

Não se limite ao corpo.
beba do espírito.
Honre suas virtudes
não necessariamente exercendo-as
Mas a principio reconhecendo suas arestas
Caso contrário tentarás sempre
E de maneira ineficaz
Arrancar a febre com um bisturi

Seguidores