segunda-feira, 5 de julho de 2010

Capela dos Ossos - Évora, Portugal.

Poema sobre a existência

Aonde vais, caminhante, acelerado?
Pára... não prossigas mais avante;
Negócio, não tens mais importante,
Do que este, à tua vista apresentado.

Recorda quantos desta vida tem passado,
Reflecte em que terás fim semelhante,
Que para meditar causa é bastante
Terem todos mais nisto parado.

Pondera, que influído d'essa sorte,
Entre negociações do mundo tantas,
Tão pouco consideras na morte;

Porém, se olhos aqui levantas,
Pára...porque em negócio deste porte,
Quanto mais tu parares, mais adiantas.

Soneto de Padre António da Ascensão Teles, pároco da freguesia de São Pedro entre 1845 e 1848.

Mortos-Vivos

Tudo o que se guarda azeda.
Pode ser a melhor torta,
Pode ser a melhor pessoa,
Vai azedar.
O luto é fundamental!
Aonde temos enterrado nossos mortos?
Disse o exorcista: Primeiro é preciso saber o nome do demônio.

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